O tendão patelar é uma estrutura de tecido conjuntivo fibroso que une o osso da patela à tíbia. O mecanismo extensor é o conjunto de estruturas responsável pela extensão do joelho, ele é formado pela musculatura da coxa (quadríceps), tendão quadricipital, patela e tendão patelar.
Ruptura do tendão
A ruptura do tendão patelar pode ser parcial ou total. Ela pode ocorrer dentro da estrutura do tendão ou na junção osteo-tendínea; podendo ou não conter fragmentos ósseos. Isso é importante para o planejamento e decisão da técnica cirúrgica.
As rupturas podem ocorrer em tendões normais ou patológicos.
O mecanismo típico de lesão em um tendão normal é a contração excêntrica violenta do músculo quadríceps com o pé fixo ao chão e o joelho em desaceleração na aterrissagem de um salto.
Nas rupturas de um tendão patológico não há a necessidade de mecanismo de lesão tão violento. A inflamação crônica altera as características do colágeno das fibras do tendão, causando micro-rupturas até a ruptura completa.
Causas de rupturas de tendão normal:
Trauma
Quedas
Saltos
Ferimentos cortantes
Causas de rupturas em tendão patológico:
Tendinite
Injeção de corticosteroides
Insuficiência renal crônica
Artrite reumatoide
Diabetes melitus
Processo infeccioso local
Uso de esteroides anabolizantes
Cirurgias prévias sobre o tendão, como a artroplastia total de joelho e a reconstrução ligamentar com o uso de tendão patelar como enxerto autólogo.
Diagnóstico
Anamnese e história clínica: O paciente é questionado sobre o mecanismo do trauma, sobre doenças prévias, lesões associadas, uso de medicamentos e sobre cirurgias prévias.
Exame físico:
Dor
Edema
Hematoma
Incapacidade de estender o joelho, a avaliação é feita em decúbito lateral e solicitando ao paciente que realize a extensão completa
"GAP" ou um espaço palpável entre as estruturas
Crepitação
Posição elevada da patela
Dificuldade ou impossibilidade da marcha
Exame de imagem: O raio X avalia a posição da patela e a presença ou ausência de fratura. O exame de ultrassonografia ou de RNM confirmam o diagnóstico.
Tratamento
O tratamento não cirúrgico está restrito à alguns poucos casos de lesão parcial e muito pequena. O tratamento cirúrgico consiste da sutura do tendão rompido às estruturas ósseas. Há varias técnicas cirúrgicas que são escolhidas dependendo da localização da lesão, grau de dano ao tendão remanescente e presença ou não de fragmento ósseo no tendão. Após o tratamento cirúrgico faz-se necessário o uso de BRACE e de muletas, por período não inferior há 6 semanas.
Fisioterapia
Inicialmente visa ao controle da dor e do edema.
Exercícios isométricos com o uso do BRACE, para proteção e ganho de massa muscular.
Após 6 semanas, se iniciam os exercícios de ganho de amplitude e força muscular.