O menisco discóide é uma alteração congênita em que ele se apresenta displásico e diferente da sua forma normal. A causa ainda é indeterminada, mas não tem componente genético familiar. Ele é mais comum no menisco lateral, mais frequentemente é unilateral, não tem predileção por sexo e raramente é diagnosticado na infância.
O menisco normal é uma cartilagem que se situa internamente no joelho, entre os ossos do fêmur e tíbia. Tem a forma de meia-lua. Há dois meniscos , o menisco medial e o menisco lateral. O menisco discóide tem a forma de disco.
O menisco discóide é classificado em 3 tipos:
completo: cobre a totalidade do côndilo tibial.
incompleto: cobre parcialmente o côndilo tibial
tipo ligamento de Wrisberg: não possui inserção óssea na tíbia, existe uma inserção no ligamento de Wrisberg.
Diagnóstico
Ele pode permanecer assintomático por toda a vida e ser descoberto num exame de imagem por outra queixa. Os sintomas no menisco lesado são os de qualquer lesão meniscal:
dor
edema
derrame articular
falseio e
bloqueio.
Paciente com menisco discóide pode apresentar história prévia de som audível no joelho, tipo " clunck ". O diagnóstico é confirmado pelo exame de imagem.
Tratamento
Nos casos assintomáticos, com diagnóstico feito por acaso, não há indicação de tratamento específico. Nos casos sintomáticos é indicado o tratamento cirúrgico por via artroscópica. Nos meniscos discóides completo ou incompleto com lesão associada, é realizado artroscopia e saucerização, em que o menisco é cortado e refeito no formato de meia-lua. Em meniscos instáveis é associado a estabilização por meio de sutura junto a cápsula articular.
Reabilitação
A reabilitação é orientada pela necessidade ou não da sutura meniscal.